Fora de brincadeiras...amar Lisboa :)

Lisbon as a Toy | Lisboa a Brincar

Da beleza dolorosa dos finais

"I wake to a dark hour out of time, go to the window.
No stars in this black sky, no moon to speak of, no name
or number to the hour, no skelf of light. I let in air.
The garden's sudden scent's an open grave.
What do I have

to help me, without spell or prayer,
endure this hour, endless, heartless, anonymous,
the death of love? Only the other hours -
the air made famous where you stood,
the grand hotel, flushing with light, which blazed us on the night..."

in Over, Carol Ann Duffy



Pudesses ver os meus olhos de serras que em desalinho a estrada conduz,
vasilhas de barro na anca, curva anciã da distante ousadia.
Tem tento na língua que embala e seduz,
luzernas ao longe no eco das fontes e a sombra vadia.

Vejo o sol que se põe nas entranhas da terra,
sigo-lhe a luz cega, despojos vivos da guerra.
Até ao extremo oposto da suposta simetria,
quebro-lhe os medos no cantar da cotovia.

Encosto a porta que dá para a rua de ervas e palhas, infinitos e vinhas.
Este noite durmo sobre as telhas, coberta na noite, sem olhares das vizinhas.

"What can stars do? Nothing...but sit on their axis!"
Charles Chaplin


He asks: "Was I in your dreams?"
I answer: "No, I dream you not."

I silence these words: I dream you not. Because of you I didn't get a minute's sleep.

Chamar as coisas pelos nomes

Não gosto das promessas vãs. Dos sim só porque sim. Dos irei, estarei, farei, dos tudo isso e muito mais, nem tu imaginas quanto, tanto. Portanto: se é o não à partida, se é o não em mente, porquê cruzar linhas, dar pontos, nós, bordar caminhos nos SMS ou no Google Maps?

Para quê desarrumar a casa e agitar as águas, sacar do tempo que não se tem ou que é precioso para dispensar?

Eu preferia continuar a guardá-lo, longe das promessas vãs e perto dos divãs reais com os quais posso realmente contar: o conforto e a proximidade de quem me quer bem.

Portanto, menos postas de pescada, menos ideias peregrinas. É o que se pede de quem abre a boca, os braços e a mente para o que, na verdade, não sente.
A gerência agradece.