Fado

No meu último dia de umas férias demasiado curtas, resolvo-me a aproveitar o dia em condições e a vaguear por Lisboa. Ainda no espírito da recente viagem, uma visita ao Museu do Fado seguida de deambulações por Alfama pareceu-me uma ideia agradável.

À porta do Museu um senhor diz-me: "Bom dia. Diga?". Estou à porta do Museu. Repito, à porta. Respondo um redundante "venho visitar o Museu" e, com um sorriso aberto o senhor responde..."Ah, pois! Está fechado. Para obras". Perante a minha cara de espanto o senhor concluí: "já está em obras há muito tempo. Não sabia?".

Não, eu não sabia. Obviamente, eu não sabia. Se eu não tivesse andado à procura de informações sobre o museu, horários e afins, eu até aceitava a pergunta. Mas andei.

"Deve abrir lá para 6 ou 7 ou 8 de Outubro. Talvez, sim, por aí. Mas a loja do Museu está aberta."

O idiota persistiu, de sorriso em riste. E eu rumei a Alfama com mais uma prova irrefutável do bem que as coisas funcionam por aqui. Deve ser o nosso Fado.

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