Sempre defendi com unhas e dentes que o hábito não faz o monge. Nem o hábito, nem o fato e a gravata, nem a bata branca.
E este simples pormenor já me trouxe desde acesas discussões em alturas despropositadas, olhares reprovadores, olhares condescendentes e até um ou outro verdadeiro dissabor pela vida fora.
Ainda assim, continuo a achar que o lobo pode vestir a pele do cordeiro.
E que, efectivamente, as pessoas nunca param de nos surpreender.
Pelas melhores e pelas piores razões.

2 comments:

CarMG disse...

É a velha conversa das aparências!
Um só olhar e acha-se que se sabe tudo!
Estetoscópio: Sr. Doutor!
Gravata: Doutor ou engenheiro!
Ouros: Rico!
Chapéu e Bengala: Britânico!
Mini-mini saia: ...
And so on and so on.
O pior é que, a partir daí se age em conformidade com! E o receptor agradece, rejubila e aproveita!
E toda toda a gente agradece! A pirâmidade da subjectividade social empilhada em carrinhos de supermercado está montada e o circo pode começar!
Verdade é, que o hábito, de certo que não faz o monge e, de quando em vez, algumas suspresas acontecem!
A inteligência, a cultura, a educação, os valores podem (e estão) vestidos com outros... hábitos :)

Lina disse...

Nem mais.
Difícil, difícil...é conseguir ver e chegar além dos hábitos que muitos por aí trazem vestidos...