No silêncio de uma noite branca, enfrento, altiva, a Insónia que se aproxima.
Traz o ar insolente de quem se sabe senhora de si e do inevitável estado em que deixa os que gravitam no seu círculo mais próximo.
Odeio-a neste momento e apetece-me chamar-lhe muitas coisas:
Cabra.
Devoradora.
Ladra.
Importaste de sair das quatro paredes da minha cabeça?
A sério.
Só queria o sono, pesado, robusto, devastador.
Do fim do dia, do fim do cansaço.
Mas não. A noite estava tão branca que não resististe a sair do canto negro onde, cobarde, gostas de te esconder.
Seja.
Vou vencer-te com um desfiar de palavras.
E só não te ponho no teu devido lugar com dois valentes berros porque o silêncio da noite consegue ser maior do que tu.
4 comments:
http://www.youtube.com/watch?v=kBQ9mAxXEFk
bom blog ;)
Um bandido
Obrigado
:)
Será que os bandidos também têm insónias?
Agora com assinatura a resposta :)
Tenho insónias e muitas. Umas por pensar demais. Outras por sentir demais. E algumas por andar na lua.
Tudo seria mais fácil com um manual de instruções... mas mesmo assim tenho a certeza que não teria paciência para ler.
O Manel canta "....sempre a pensar, sempre a pensar....."
Deixa lá, por norma os manuais de instrução tendem a complicar mais as coisas, a virem em línguas estranhas ou sem imagens que exemplifiquem onde encontrar determinados botões...
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