Visceral.
A rasgar a garganta, a dilacerar cada recanto da boca, da mente, das certezas esperadas do presente e da compostura singela da subserviência, da vulnerabilidade mastigada até não ser mais suportável.
A fuga.
Revoltosa pela inquietude perene em cada centímetro de pele, renovada ciclicamente dentro dos limites das nuvens negras que duram enquanto os ventos quentes mantêm a distância contida e segura do Possível.
O medo.
Vivido porque se recusa a ousadia de vivê-lo, podendo descobri-lo não tão feroz ou devastador quanto esperado. Os pés atados, as mãos tolhidas nos gestos contidos, controlados, pelo medo.
E pela cobardia.
2 comments:
Os corajosos são aqueles que têm medo. Quem faz qualquer coisa sem medo, não precisa de coragem pois não? ;-)
Bem verdade...mas, se calhar, mais corajosos ainda são os que não têm medo de ter medo.
E de correr riscos.
E de cometer erros.
E de sofrer um bocadinho para a seguir (como já o disse antes) lamber a ferida e voltar à corrida.
(que bom ter-te de volta!)
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