Baikal

Leio numa revista de viagens, a propósito do Transiberiano, a “mãe” de todas as viagens, ao longo de dois continentes, 10 mil quilómetros e oito fusos horários:

“A paragem seguinte é, para a maior parte dos viajantes, o ponto alto de todo o Transiberiano. O lago Baikal, a maior concentração de água doce do mundo, proporciona vistas fantásticas e acesso a algumas das comunidades mais isoladas da Rússia. Uma geografia montanhosa dá o enquadramento perfeito ao ‘mar da Sibéria’ – uma extensão de água tremenda que, no Verão, se enche de banhistas, campistas e amantes da natureza e no Inverno congela totalmente. Este foi também o troço do Transiberiano que mais tempo demorou a construir. Foi preciso levantar pontes e abrir mais de 30 túneis para que o comboio pudesse passar. Não há outro sítio onde a construção da via férrea tenha ceifado tantas vidas. Durante a guerra civil, por exemplo, e dada a necessidade de fazer chegar soldados e munições ao mar do Japão, a ferrovia ainda não estava concluída e uma parte do percurso era feita de barco. Mas o gelo era tão espesso que os militares decidiram assentar os carris por cima do lago. Dois comboios inteiros afundaram-se durante essa travessia, o que causou a morte de centenas de pessoas.” (in Volta ao Mundo nº 1698)

Ah…a ambição sem limites do Homem…

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