31.
Não o acho um número cheio, bonito, redondo de possibilidades.
É antes um número que parece solitário. O que não chegou a tempo. O que está com todos os outros, mas está a mais. Mais um.
E quando se apega ao fim do ano, último corredor que quase nem conseguiu cruzar a meta, parece-me um número que ficou a meio, que desistiu, que sabe que ter ou não chegado era quase a mesma coisa.
O número do fim.
Que fecha a porta que ninguém se preocupou em fechar.
Tem tanto direito a estar presente como todos os outros números, todos os outros.
Todos.
E mesmo que não seja o número cheio, bonito, redondo e sociável que todos desejavam, mesmo que não seja um número igual aos outros, mesmo que seja diferente, estranho…ele está aqui. Marcado a ferro no fim do meu calendário.
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