Dormentes. Adormecidos pelo frio que corta a pele, que dilacera a corrente do raciocínio.

Todos os desejos aglomerados, uns de encontro aos outros. Tentando em vão aquecer-se, tentando em vão incendiar-se. Criando faíscas que não chegam a dar origem a um incêndio.

O falso alarme de um único raio de sol. E o quente apertado no pescoço, barreira palpável da nossa perseverança.

Escudem-se, então, os desejos. Que eles se enlacem frente ao frio. E que o frio lhes passe ao largo.

0 comments: