Não digas que te esqueci. Que te perdoei. Que te arredondei aos cantos da memória para te absorver de maneira inocente, de maneira incoerente, de maneira a não ver-te.

Nem penses por um minuto que ainda penso nos teus minutos. E nos meus minutos, em que desesperava por alguns minutos teus.

Nem te ponhas com sorrisos, honestos, desonestos, sacanas até à medula. Não são nem metade do que julgas e os teus olhos não enganam ninguém.

Nem quando negavas o arrepio, o desconforto do confronto. Encostava-te à parede porque queria que, nesse arrepio que negavas, percebesses por fim que tudo tinha acabado.

Mas não digas que te esqueci.

2 comments:

CarMG disse...

WOW!!!!!!!!

Strong bastard!!!!!!!!

Lina disse...

Tentei dar cabo dele.
Mas não consegui.