Nota de Rodapé
(10) Ao fixar o reflexo dos meus olhos no espelho, já me pareceu muitas vezes que está outra pessoa dentro deles. Observa-me, julga-me, mas não tem voz para se exprimir. Será talvez eu com outra idade, criança ou velho: inocente, magoado por me ver a destruir todos os meus sonhos; ou amargo, a culpar-me pela construção lenta dos seus ressentimentos. Seria melhor se tivesse palavras para dizer-me, mas não. Só aquele olhar lhe pertence. É lá que está prisioneiro."
A porta fechou-se contigo
Levaste na noite o meu chão
E agora neste quarto vazio
Não sei que outras sombras virão
E alguém ao longe me diz
Há um perfume que ficou na escada
E na TV o teu canal está aberto
Desenhos de corpos na cama fechada
São um mapa de um passado deserto
Eu sei que houve um tempo em que tu e eu
Fomos dois pássaros loucos
Voamos pelas ruas que fizemos céu
Somos a pele um do outro
Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora
Ainda sei de cor o teu ventre
E o vestido rasgado de encanto
A luz da manhã e o teu corpo por dentro
E a pele na pele de quem se quer tanto
(...)
Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora
Não Desistas de Mim, Pedro Abrunhosa
(Volta e meia escreve destas, que arrancam o coração do peito. Quanto à voz, estamos conversados.)
A simple poem to say "Screw You"
Your little white lies all day long
Got my head spinning in a never ending song
Despite the wind that churns
Through your stupid a-b-c’s
My mouth kept holding back
All the words that sting like bees
Had I known I’d end up like this
Without a single thought of mine
I’d already gathered the courage to say
‘Stick it where the sun don’t shine’
But your blah blah blah
And the way you always sigh
Keep my feet on the ground
with the confidence that
You are just not worth the try