Há uns tempos atrás comprei pastilhas Gorila.Pelo saudosismo, pela nostalgia de mastigar aquelas pedras de mentol ou banana, às vezes perder a cabeça e comer duas de cada vez. Estas vinham num novo formato, com uma embalagem apelativa. Prometiam sabor a canela, sem açúcar, baixo em calorias. E com flúor! De igual às de antigamente, só mesmo o facto de perderem o sabor em menos de quinze segundos.
As Gorila faziam parte dos meus dias. Na altura era normal ir ao café com os pais e pedir uma. Não mais do que isso e nunca, certamente, pacotes de batatas fritas e afins. As Gorila custavam cinco escudos mas a marca que deixaram no imaginário infantil deste país não tem preço. E eram grandes, ridiculamente duras e perdiam o sabor em menos de nada. Mas eram "as" pastilhas. E agora, com um pacote de Gorila de canela, sem açúcar, baixo em calorias (e com flúor!) na mão, limito-me a lamentar que algumas coisas já não sejam como antes.
1 comments:
Olá.
É verdade... o meu primeiro comentário. :)
Não pude deixar de me identificar com o que escreveste. A nossa experiência de vida, a evolução que sofremos, o inevitável crescimento... traz-nos estes dissabores que nos parecem autênticos 'baldes de água fria'.
Todas as coisas que nos maravilhavam na nossa infância são vistas aos olhos de hoje como desinteressantes ou até desprovidas de sentido.
Falaste das pastilhas Gorila, mas certamente que nos lembravamos de tantas outras coisinhas..
De facto, há coisas que não merecem ser desenterradas das nossas lembranças agora distantes, onde tudo era inocente, rico e maravilhoso.
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