Sobre a mesa, ao jantar, lançou-me esta: "...tu tens é preguiça de escrever. De escrever a sério."
Fiquei a saborear a ideia e ajudei-a a descer com dois goles de tinto.
Pousei o copo na mesa e pensei:
Preguiça, sim.
Preguiça de arrumar as ideias em capítulos ordenados, em folhas paginadas, em discursos coerentes.
E medo, também.
De vir a ter em mãos histórias que rumem a finais que eu queria diferentes.
Mas nem é sequer a primeira vez que tenho esta conversa, que me dizem sem rodeios isto.
O fim do ano está aí à porta e, fazendo contas à vida, tenho mais motivos para sorrir do que o contrário.
Porque não escrevê-los, também?
5 comments:
Diz-se do texto que o mesmo só existe depois de ser lido, mas não há ponto sem verso nem quadra sem rascunho. :)
Obrigado pela visita.
Voltarei.
Os rascunhos acumulam-se.
Vou limpar-lhes o pó e deixar que sejam lidos.
:)
Obrigada.
Voltaremos.
Escreve desorganizadamente, sem paginação ou coerência...sobre todos os motivos que tens para sorrir! Até podem vir com pó... não lhes tira o brilho de serem só teus!
Escreve e partilha, por favor!!!! A era dos diários debaixo da almofada já passou há muito tempo! :)
Há histórias começadas e não terminadas.
Há histórias de lágrimas e histórias de sorrisos por escrever.
Há histórias a acumular pó.
Há histórias a escaparem quando deito a cabeça na almofada, mesmo que não haja diários por baixo.
E há quem espere, com ou sem pó, que sejam partilhadas.
E quem acredite que têm brilho, no matter what.
E isso é tão, tão bom.
:)
Postar um comentário