...a verdade é que gosto de andar à chuva.
Gosto da sensação de liberdade, das gotas frias no rosto,
de sentir de forma mais nítida e distinta a força do mundo em mim.
Gosto das gotas que escorrem para onde não deviam
e de não me sentir mais uma no rebanho que caminha,
cabisbaixo,
com ar mais soturno e cinzento do que o céu.
E gosto desse céu, a desabar, da promessa de fúria.
E eu, cá em baixo, a senti-lo em cada gota.
Gosto da sensação de liberdade, das gotas frias no rosto,
de sentir de forma mais nítida e distinta a força do mundo em mim.
Gosto das gotas que escorrem para onde não deviam
e de não me sentir mais uma no rebanho que caminha,
cabisbaixo,
com ar mais soturno e cinzento do que o céu.
E gosto desse céu, a desabar, da promessa de fúria.
E eu, cá em baixo, a senti-lo em cada gota.
4 comments:
Bonitíssima descrição do que é andar à chuva, debaixo de chuva e por que não com a própria chuva. Estou mesmo a imaginar, os outros escondidos, dissimulados, forçosamente cabisbaixos por baixo do guarda-chuva (cá para cima é assim!!) e tu de cabeça erguida, solta e livre... afinal a chuva assenta a poeira, purifica e renova!
:)
É mesmo isso, I., andar à chuva, debaixo da chuva e, sobretudo, com a chuva...
Purifica, renova e, no final, leva consigo pensamentos indesejados e lágrimas inusitadas.
And it feels so damn good.
:)
"E gosto desse céu, a desabar" - adorei :)
Seres tu própria a chuva!!!! Mas... será que podes sê-lo quando eu não estiver contigo?! É que não sou assim tão piquena que me consiga esconder debaixo de um pseudo toldo quando o céu realmente desaba!
:)
A chuva em mim e Eu, a Chuva.
:)
Sim, um pseudo toldo não foi suficiente... mas garanto-te que não foi a 1ª nem a última vez! :D
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