Cai-lhe a chuva na palma da mão. Mas não a desvia.
Sente-lhe os caminhos que percorreu e os sulcos que desbravou.
Vira-a e revira-a, dá-lhe nomes e idades distintas.
E sente-a fria, e sente o frio.
Que vai lá fora, que lhe vai por dentro.
E esquece a chuva, aconchega a roupa, fecha mais um botão, encolhe-se mais e procura o seu próprio calor.
Perdido e achado por entre os vincos da roupa e as rugas da alma.
Velha de sabedoria, cansada de saber.
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