As minhas coisas - parte I

O mar. A revolta do mar. A Costa Vicentina. A infinitude do oceano que me faz esquecer que, eventualmente, volta a haver terra.

Viajar. Fazer planos, traçar roteiros, criar listas. Londres, Paris, Madrid, Barcelona. Ir para fora cá dentro. Tentar ver tanto quanto possível. Estar nas filas e pensar a sorte que tenho. Estar frente a sítios míticos e não acreditar na sorte que tenho. Pensar nas viagens todas que ainda quero fazer, incluindo aquela de dois meses e meio, de carro, pela Europa, que até já tem roteiro traçado.

O cheiro das castanhas assadas. O sabor das castanhas assadas. Nas ruas de Lisboa. Descascá-las ainda demasiado quentes e comê-las ainda demasiado quentes. E chupar o sal e a cinza dos dedos no final.

Os dias muito frios, mas com sol. Os dias de sol inesperado. O entardecer. As noites quentes. Prolongadas, com conversa, com vinho, com mais ou menos gente, com a gente que importa lá.

Rir com vontade, rir com prazer, rir até não conseguir parar, até doerem os músculos da cara, a barriga. Ter ataques de riso com outra pessoa por motivos que mais ninguém percebe. Rir de coisas absurdas, rir das coisas simples. E sorrir, no final.

2 comments:

CarMG disse...

o sorrir no final diz tudo...

um final sem sorriso
é como um riso sem olhos:
seco e autómato

Lina disse...

sorrir. sempre.